Boas Vindas

Querido (a) visitante,

Bem vindo (a) ao blog SEARA do BRASIL. Nosso desejo é que você seja, através dele, edificado (a) e desafiado (a) a se envolver cada vez mais com Missões, primeiramente através de sua igreja local e depois com outros projetos missionários fora do seu contexto domiciliar. Aqui você terá informações sobre a obra missionária Nordestina, desenvolvida pela Missão SEARA, bem como artigos para sua edificação, e ainda um devocional diário. Entre, leia, e depois deixe o seu comentário, sobre o assunto que ler. Mas ao sair, ore a Deus pelo nosso trabalho.

Se você deseja participar deste ministério, entre em contatos conosco através do endereço exposto neste blog. Que a graça do Senhor Jesus seja contigo e com sua família!

Fraternalmente em Cristo,

Missão SEARA

“Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar, para ganhar o que não pode perder.” – Jim Elliot

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

NOITE DE PAZ

Norbert Lieth
A história do hino de Natal, “Noite de Paz”, demonstra como Deus age através dos fracos e oferece Seu Evangelho livremente para todas as pessoas.
O hino “Noite de Paz” também é conhecido como o “hino eterno”. Certamente não existe nenhum hino de Natal que seja mais conhecido do que este. No entanto, não há nenhum renomado autor ou compositor mencionado com ele, nem foi apresentado originalmente por algum cantor famoso, e mesmo assim ele conquistou o mundo todo. Hoje ele é cantado em todos os continentes e já foi traduzido para mais de 330 idiomas e dialetos. É quase impossível imaginar um Natal sem “Noite de Paz”!
O início de tudo foi o seguinte: o texto do hino foi composto já em 1816, pelo bispo auxiliar Joseph Mohr, em forma de poesia. No entanto, ela foi apresentada somente dois anos depois, em 24 de dezembro de 1818, na Igreja de São Nicolau, em Oberndorf, Salzburgo. É dito que o órgão da igreja estava sem condições de ser tocado. – Todavia, 24 de dezembro estava aí e era necessário encontrar uma solução. Assim, Joseph Mohr teria levado o seu texto ao professor da escola – Franz Gruber – com a solicitação de que ele compusesse uma melodia para dois solistas juntos com o coral e acompanhamento de violões. Ainda na mesma noite, Gruber trouxe sua simples composição, de modo que pôde ser apresentada na igreja, na noite de Natal, tendo sido muito aplaudida. Para esta mensagem de paz, originalmente formada por seis estrofes, Mohr fez o contracanto e acompanhou ao violão e Gruber cantou a pauta do barítono. Havia nascido um hino de Natal que, a partir daí, faria sua caminhada através do mundo para sensibilizar os corações de muitos.
Cerca de 1.800 anos antes, Jesus havia profetizado que o Seu Evangelho seria espalhado por todo o mundo. Para isso, até esse hino ajudou. Criado a partir de uma dificuldade, porém, dirigido pelo Espírito de Deus, esse hino alcançou fama mundial. A grandiosidade de Deus se torna visível nessa peça relativamente simples.
Certamente esse hino não teria sido aprovado no X Factor ou no The Voice, mas a Palavra de Deus diz: “Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas?” (Zc 4.10 – ACF). Ele pode transformar algo incerto em grandioso. A mensagem de paz e de salvação de Jesus Cristo encontra mil maneiras para alcançar os corações – tão grande é o amor de Deus pelo mundo!
A primeira estrofe fala da paz celestial.* Deus conhece a inquietação que marca cada pessoa. Quem ainda conhece essa verdadeira paz? Conheço um morador de uma cidade que, estando em férias nos montes da Suíça, manteve ligado o motor do carro durante toda a noite porque não conseguia suportar a paz, o silêncio. Quem nunca ficou inquieto quando seus pensamentos o lembraram de antigas injustiças? O pecado e a culpa nos tiraram a paz, o homem se tornou um fugitivo. Corre-se através do mundo e experimenta-se de tudo. Nossa alma, porém, permanece inquieta em nós até que consiga encontrar a paz em Deus. Foi por isso que Jesus nasceu: para nos trazer de volta aquilo que havíamos perdido. Jesus Cristo expressa isso da seguinte maneira: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês” (Mt 11.28).
Noite de paz! Noite santa!
Todos dormem. Só a vigiar
Está o santo casal.
Ao meigo bebê de cabelos ondulados,
Durma na paz celestial!
Durma na paz celestial!
A segunda estrofe demonstra como chegou a hora da salvação para nós, através do nascimento de Jesus. As palavras “a sua hora chegou!” normalmente soam para nós de uma maneira negativa e pensamos inevitavelmente no nosso fim, mas neste caso significa o início para uma nova vida. “Quem abre espaço para Jesus no centro de sua vida, que recebe o Natal em seu coração, logo constatará que não precisa renunciar a nada, mas recebe tudo” (Karl Rüdiger Durth).
Noite de paz! Noite santa!
Ó Filho de Deus. Quão lindo
O sorriso em Tua boca divina,
Trazendo-nos a hora da salvação.
Jesus, com Teu nascimento!
Jesus, com Teu nascimento!
Na terceira estrofe – baseando-nos no texto e numeração original – lemos, entre outros: “Noite de paz! Noite santa! Que trouxe salvação ao mundo [...]. Jesus, em forma humana”. A maior ação redentora de Deus, a salvação do mundo, teve um início muito pequeno com a encarnação do Filho de Deus.
Noite de paz! Noite santa!
Que trouxe salvação ao mundo,
Desde as alturas douradas do Céu
Deixando-nos ver a plenitude da graça.
Jesus, em forma humana!
Jesus, em forma humana!
Certa vez, havia um menino que, acompanhado de sua avó, estava admirando um presépio. Ele observou a estrebaria, os pastores, José e Maria, os animais e os magos do Oriente. Quando o garoto viu a minúscula figura de um bebê, que representava o Senhor Jesus, ele exclamou, admirado: “Vovó, olhe só como Deus é pequeno!” Haveria alguma maneira melhor para representar o ilimitado grandioso amor de Deus, do que pelo fato de que o Eterno, o Criador de todas as coisas, tornou-Se bem pequeno?
A quarta estrofe homenageia o amor de Deus dedicado a todos os povos: “Noite de paz! Noite santa! Onde hoje todo o poder do amor de Deus foi derramado. E, como irmão carinhoso, abraçou Jesus aos povos do mundo! Jesus, aos povos do mundo!”
Essa estrofe destaca aquilo que a Bíblia diz no Evangelho de João 3.16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Cada pessoa desse mundo é alvo do amor de Deus –você também!
Noite de paz! Noite santa!
Onde hoje todo o poder
Do amor de Deus foi derramado.
E, como irmão carinhoso, abraçou
Jesus aos povos do mundo!
Jesus, aos povos do mundo!
O soldado Nico Ossemann, que participou da campanha da África durante a Segunda Guerra Mundial, relatou sobre um fato especialmente interessante ocorrido no front, em 1942:
“Entre Natal e Ano Novo, a situação estava bastante calma em nossa área do front. Parecia que os dois arraiais haviam combinado um cessar-fogo para homenagear a grande festa. Por volta da meia-noite, ouviu-se a melodia do “Noite de Paz”, vinda de vários pontos de nossa base. Em seguida, ouvia-se nitidamente esse hino cantado em francês, nas fileiras do outro lado. Pouco tempo depois, ouvíamos primeiramente vozes tímidas, mas aos poucos se fortalecendo, cantando a versão inglesa “Silent Night, Holy Night”. Os três coros natalinos se uniram em um só coro, elevando aos Céus o anseio único pela paz, pela família e pela pátria. Muitos desses homens não conseguiram evitar as lágrimas. Naquela noite não consegui fechar os olhos, mesmo que não houvesse nenhum sinal de alerta, nem de perto, nem de longe. Ficou claro o anseio pela paz manifestado por aqueles homens postados na frente da batalha.”
A quinta estrofe descreve a promessa de Deus para a preservação do mundo através da Vinda de Jesus. Preservação da condenação eterna através do perdão. Nenhuma religião do mundo pode oferecer o que todos nós necessitamos com tanta premência: libertação da culpa, preservação diante das consequências eternas. É maravilhoso saber que podemos nos livrar dos pecados, não importando quantos e quão pesados sejam!
Noite de paz! Noite santa!
Há muito a nós destinada,
Quando Deus, libertando da ira,
Já no tempo obscuro dos pais,
Prometeu redenção a todo o mundo!
Prometeu redenção a todo o mundo!
Finalmente, a sexta e última estrofe mostra como a mensagem da “Noite Santa” foi primeiramente transmitida pelos anjos aos pastores e então alcançou as pessoas de longe e de perto: “Jesus, o Salvador chegou! Jesus, o Salvador chegou”. Esse cântico de louvor dos anjos foi a partida (a ignição para acionar um motor) para a mensagem “Jesus, o Salvador chegou”. Desde então, ela foi transmitida em milhares de maneiras, entre outras, também através deste hino de Natal “Noite de paz”.
Noite de paz! Noite santa!
Primeiro anunciada aos pastores,
Pelo “aleluia” dos anjos,
Segue em alto som, perto e longe:
Jesus, o Salvador chegou!
Jesus, o Salvador chegou!
Ainda hoje esse hino une as pessoas através do mundo, e expressa aquilo que há no coração de cada pessoa – o profundo anseio pela paz!
Jesus, o Salvador chegou! O Natal não é apenas um sonho para os sonhadores, um conto de fadas para as crianças, mas é a grande realidade proporcionada por Deus. “Quem abre espaço para Jesus no centro de sua vida, que recebe o Natal em seu coração, logo constatará que não precisa renunciar a nada, mas recebe tudo.” (Norbert Lieth — Chamada.com.br)

* O hino foi traduzido fielmente do original em alemão.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

UMA VEZ SALVO, SALVO PRA SEMPRE?

Há algumas semanas, postei um artigo falando sobre o destino eterno de alguém que se matou. Muitos questionaram, mandaram eu estudar a Bíblia e me chamaram de falso profeta. Segue o link se você quer ler o artigo que escrevi:
Preciso admitir que cometi um erro grave, eu inverti a ordem dos artigos. Antes de dizer para onde vai um suicida que seja cristão (e eu sei que muitos acreditam que um cristão jamais se mataria), é importante falar sobre a segurança de salvação, ou sobre sua perda. Imagine que uma pessoa se converta, existe algum pecado ou situação que a faria perder esta salvação? Quero desafiar você a pensar no assunto. Sei que existem dezenas de artigos sobre isso, mas quero tentar ser simples e claro para ajudar você a entender o que a Bíblia diz.
De forma geral, existem três posições quanto à perda de salvação:
POSIÇÃO 1 - NENHUM PECADO ME FAZ PERDER A SALVAÇÃO
Estudiosos da linha reformada e calvinistas optam por esta linha. Eles creem que depois de salvo, não importa o que uma pessoa faça, ela jamais vai perder a salvação. A acusação mais usada contra esta posição é dizer o seguinte: Quer dizer que se eu sou salvo, então eu posso pecar à vontade e nada vai me acontecer?
É exatamente contra este argumento, que Paulo escreve em Romanos 6: "Pois bem, devemos continuar pecando para que Deus mostre cada vez mais sua graça? Claro que não! Uma vez que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?" Romanos 6.1-2 (NVI)
Paulo tinha acabado de ensinar sobre a graça, no verso 21 ele diz que, agora, ela reina em nossas vidas e nos declara justos diante de Deus. As pessoas não eram justas por natureza, eram pecadoras, conforme vemos em Romanos 3.10 e 23, mas são declaradas justas, e ganharão a vida eterna.
Antes de falar mais sobre isso, explicarei as outras duas posições.
POSIÇÃO 2 - SE EU DEIXAR DE CRER EM JESUS, EU PERCO A SALVAÇÃO
Vocês são salvos pela graça, por meio da fé. Isso não em de vocês, é uma dádiva de Deus. Efésios 2.8-9
Neste versículo vemos novamente a ideia da graça, e vemos que o meio que ela usa para nos salvar é a fé na obra de Cristo. Todos vão concordar com esta afirmação, todos acreditam que quando cremos em Jesus somos salvos e que isso nos dá a vida eterna. A pergunta é, o que acontece se eu deixar de crer?
É neste ponto que entra a segunda forma de enxergar nossa salvação. Estudiosos da linha Arminiana dirão que, se eu deixar de acreditar em Jesus, eu perco minha salvação. Perceba, eles não estão dizendo que qualquer pecado me faz perder a salvação. 
Mais ou menos como alguém que recebe um presente. Se ele reclamar do presente, se ele quebrar o presente, se ele não usar o presente, nada disso faz com que a pessoa que o deu tenha o direito de vir e tomar o presente de volta, mas se eu devolver o presente, aí sim eu fico sem ele.
A maior dificuldade com esta posição é como explicar textos que mostram Deus fazendo promessas, ou fazendo declarações sobre o que vai acontecer com aqueles que uma vez foram salvos. Vou alistar alguns exemplos:
Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. Jo 5.24 (NVI)
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 1 Pe 1.3 (NVI)
Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês,vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. Fp 1.6 (NVI)
E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou. Rm 8.30 (NVI)
E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia". Jo 6.39-40 (NVI)
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. Jo 10.27-29 (NVI)
POSIÇÃO 3 - QUALQUER PECADO NÃO CONFESSADO ME FAZ PERDER A SALVAÇÃO
Esta, na minha opinião, é a menos fundamentada. Normalmente ela é usada por pastores ou líderes que querem manter suas ovelhas nos seus padrões através do medo.
Para ilustrar, quero te ajudar a pensar em algo. O que Jesus pagou na cruz ao morrer por você? Ele pagou por seus pecados individuais, ou seja, cada pecado tem que ter uma confissão ligada a ele, e assim o perdão vem, ou ele comprou você como um todo, mediante sua fé ele pagou toda a dívida que existe ligada a seu nome pela eternidade?
E DAÍ, PERCO OU NÃO?
Jesus morreu por nós, sem que merecêssemos, pagando um valor completo, não parcial. Quando cremos nele somos comprados por ele, somos dele agora e nada pode nos tirar de suas mãos, ele tem o direito sobre nós, e mesmo nós, não podemos reverter isso.
Vejo isso muito claro em Efésios 1.13-14. Deus colocou o selo do Espírito em nós para dizer que somos dele. Também disse que o Espírito é a garantia de que seríamos resgatados para a eternidade.
A segurança da minha salvação não é um salvo conduto para que eu viva uma vida de pecado, e sim um compromisso de amor para viver por aquele que me salvou. Ela substitui o medo do castigo pela segurança da adoção, muda a motivação pela recompensa por uma baseada na gratidão. Em outras palavras, não vou deixar o pecado pelo medo de ir para o inferno, mas sim pelo amor que tenho pelo meu salvador.  
Não posso terminar sem dizer que nem todo mundo que está em nossas igrejas hoje é verdadeiramente salvo, Jesus mesmo disse sobre o joio no meio do trigo (Mt 13) e sobre pessoas que se diziam cristãs e não eram (Mt 7.21-23), mas meu alvo não era falar destes fakes, mas sim daqueles que são nascidos de Deus.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O CRENTE EM JESUS E A POLÍTICA

Parece ser necessário escrever palavras de advertência sobre este assunto, que atualmente (1951) preocupa bastante os pensamentos de muitos crentes.
Ouvimos de crentes mais entusiasmados com a política do que pelo evangelho; e de outros, pertencendo a partidos opostos, trazendo seus ódios políticos para o seio da igreja, com bastante prejuízo ao amor fraternal.
Tenho ouvido de moços que se dizem crentes, de idade insuficiente para serem eleitores, que vão alistar-se, e assim participam de uma mentira criminal. Em Efésios 4:25, o crente é ensinado a deixar a mentira e falar a verdade com seu próximo.
"25 Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros." Acaso alguém fará pouco caso da conduta cristã, para poder meter-se na política?
Quando ouvimos de crentes antigos dando vivas, pelos seus candidatos políticos, pensamos que os tempos tem deveras mudado desde que Cristo disse dos Seus discípulos: “Não são do mundo, como eu do mundo não sou.” (João 17:16 ACF)
A Bíblia manda “sujeitar-se” às potestades (autoridades) (Romanos 13:1) e orar por elas (1 Tm 2:1-2), mas em nenhum lugar manda tomar parte em qualquer demonstração política.
" 1 Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas." Rm 13:1.
"1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, 2 em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito." 1 Timóteo 2:1-2.
Porventura este silêncio bíblico tem alguma significação?
O crente que toma parte na política poderá examinar se esta participação tornou sua vida espiritual mais vigorosa ou, pelo contrário, se causou algum prejuízo.
Observando a conduta do Senhor Jesus vemo-lo completamente alheio aos movimentos políticos do Seu tempo e aos que procuraram surpreendê-lo em alguma preferência partidária respondeu: “... Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Mateus 22:21 ACF).
Notamos o mesmo proceder nos apóstolos. Paulo expressa o mais verdadeiro patriotismo quando diz: "1 Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos." (Romanos 10:1)
Parece-nos que a vida espiritual de Ló estava em plena decadência quando se assentou à porta da cidade tomando parte no governo de Sodoma.
No caso de algum crente entender que ele tem certos deveres cívicos ou patrióticos (Paulo diz em Filipenses 3:20) “nossa pátria está nos céus”, ele deve, mediante a oração procurar quaisquer meios para cumprir esses deveres sem transgredir os preceitos de Cristo, sem se unir com os descrentes em um jugo desigual, sem comprometer-se em associações duvidosas, e sem colocar-se em situações que hão de prejudicar a sua vida espiritual.

Stuart Edmund Mc Nair -  do livro:“A Vida Cristã”, 1951.

terça-feira, 12 de julho de 2016

PERSPECTIVA DA ETERNIDADE

Marcos E. Fink

Salomão, o rei mais rico, mais sábio e mais poderoso que já existiu, após avaliar todas as coisas desta vida, percebeu que a busca por dinheiro, bens, prazeres, poder ou qualquer outra coisa deste mundo, por si só, não faz nenhum sentido, é como correr atrás do vento. Depois de relatar todas as suas percepções a respeito desta vida (que estão no livro de Eclesiastes, na Bíblia), ele escreve: "Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau" Ec 12:13-14.
A vida passa a ter sentido somente quando entendemos o que Deus estabeleceu. Ele diz que haverá a Eternidade, com Ele (no céu) ou afastados dEle (no inferno).  Na Bíblia, para os que estarão com Ele, está escrito o seguinte: "Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor..." Ap 21:3-5. Como será no inferno? "... ali haverá choro e ranger de dentes" Mt 22:13. "... serão atormentados dia e noite, para todo o sempre" Ap 20:10b.
A vida eterna com Deus está disponível para todos. Deus quer que todos se salvem do inferno. Deus te ama e quer que você seja salvo. Por isso, enviou seu Filho Jesus Cristo, para pagar o preço lá na cruz, morrendo em seu lugar, para te livrar do inferno, que é a penalidade do seu pecado. "Pois todos pecaram" Rm 3:23. "Deus prova o seu amor por nós, pelo fato de Cristo ter morrido na cruz, sendo nós ainda pecadores" Rm 5:8.
Jesus é o único caminho para Deus. "Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim" Jo 14:6.
Somente através de Jesus obtemos a vida eterna. "E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho [Jesus]. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida" 1Jo 5:11-12. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê, não morra, mas tenha a vida eterna" Jo 3:16.
Para que você tenha certeza de que tem a vida eterna, o que você precisa fazer é crer unicamente em Jesus como seu Salvador e Senhor. Você pode reconhecer isso com uma oração. Com sinceridade, ore: "Senhor Jesus, preciso de ti. Agradeço-te por teres morrido na cruz por mim. Perdoa-me e purifica-me. Neste momento, passo a confiar em ti como meu Salvador e Senhor. Torna-me como queres que eu seja, segundo a finalidade para a qual me criaste. Em nome de Cristo. Amém".
Para saber mais, leia diariamente a Bíblia (comece pelo Novo Testamento), busque uma igreja fundamentada na pregação da mensagem bíblica e aproxime-se de pessoas que também crêem em Jesus, para que você possa aprender os princípios da Palavra de Deus e desenvolver uma vida de santidade e que seja coerente com a vontade de Deus.

Livros sugeridos:
1. Conheça @Jesus (www.ajesus.com.br),
2. Mais que um Carpinteiro (www.editorabetania.com.br) e
3. Como Ser um Cristão Autêntico (www.editoravida.com.br).

Fonte: www.ganancia.com.br 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

ALCANÇANDO CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATRAVÉS DO ESPORTE

A cidade de Riachuelo fica a 76 km da cidade de Natal, e está na entrada do Sertão Potiguar. Ela é cortada pela BR 304, que dá acesso a Mossoró, Oeste do RN e a Fortaleza-CE.
Riachuelo é uma das muitas cidades à margem desta BR e que também é um Point dos motoristas de caminhão. Muitos param nela para descanso, abastecimento, refeição e etc. Outros param em busca de sexo!
Muitas adolescentes desta cidade já estão na prática da sexualidade, muitas das quais pelas dificuldades financeiras pelas quais passam, são estimuladas até pela família a se prostituirem, para obterem algum "ganho" para ajudar em casa.
Entretanto, os adolescentes do sexo masculino, também entram no mesmo estilo de vida na prática homossexual. Numa época em que o estímulo a esta prática tem recebido, imaginem como tem crescido o numero de adolescentes envolvidos na promiscuidade?
Para terem uma idéia, em 2005, quando estávamos construindo nosso templo (casa de oração), só no bairro onde atuamos, fizemos uma contagem de 25 meninos e meninas envolvidos na prática homossexual, sem contar a promiscuidade de heterossexual de menores.

Foi olhando para essa triste realidade que o nosso obreiro em Riachuelo-RN, Rafael Oliveira, tendo como um dos alvos de evangelização e restauração de vidas, iniciou uma ESCOLINHA DE FUTEBOL para alcançar crianças e adolescentes com o Evangelho através do Esporte. Cremos ser uma das muitas possibilidades nos dias atuais, utilizar o esporte como ferramenta de atração para atingirmos o nosso alvo básico: PREGAR AS BOAS NOVAS DE SALVAÇÃO.
Como a maioria das cidades sertanejas, Riachuelo não fica atrás em relação à quantidade de crianças e adolescentes sem atividades especificas que as envolvam e assim sejam instrumentos de ocupação do tempo delas, evitando assim o envolvimento com  as mais diversas práticas que irão escraviza-las e destruir as suas vidas como as DROGRAS e o envolvimento na SEXUALIDADE na mais tenra idade.
O desafio agora é iniciar algo que envolvam as meninas adolescentes para que elas sejam também envolvidas em algo saudável e sejam alcançadas pelo Evangelho. Vamos chegar lá e você pode ajudar nisso!
Você que lê esta mensagem pode participar deste projeto de várias formas, como ORAR, se você é um seguidor de Jesus e compreende a importância dessa prática para que o Senhor derrame Suas ricas bênçãos sobre as vidas que estão sendo alvos. Além disso, pode COMPARTILHAR E CONTRIBUIR para aquisição de materiais como bolas, coletes, tênis etc.


Se deseja participar, entre em contatos conosco para informar como participar mais ativamente: (84) 9 9938.8321 (Celso); 9 97107171 (Rafael). E-mail: seara@seara.org.br ou ice.riachuelo@seara.org.br 

terça-feira, 21 de junho de 2016

AS FESTAS JUNINAS E A LIBERDADE CRISTÃ

Pr. Misael Nascimento
Um cristão protestante pode participar de festas juninas? Três respostas têm sido dadas a esta pergunta. Primeiro, há os que dizem “sim”, uma vez que entendem as festas juninas como celebrações cristãs. Afirma-se, nesse caso, que estamos diante de festejos ligados a personagens bíblicos tais como João Batista, Pedro e Paulo e isso, por si só, legitima tais festas como integrantes do calendário cristão. Essa é a posição defendida pela Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR).
Outros respondem com um absoluto “não”. Entendem que o modo como o Catolicismo Romano ensina sobre os santos não é bíblico. A Bíblia não prescreve nenhuma festa ligada aos profetas ou apóstolos, muito menos a nenhum ser humano canonizado pela igreja. Não há espaço para a crença em santos mediadores. Segundo as Escrituras “há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5). Essa é a posição defendida pela maioria dos evangélicos tradicionais.
Uma terceira resposta inicia com um “não”, afirmando que os cristãos protestantes devem afastar-se das comemorações romanistas das festas juninas e, ao mesmo tempo, finaliza com um “sim”, abrindo espaço para a realização de arraiais gospel – festas caipiras evangélicas. Essa posição tem sido defendida por alguns evangélicos.
Aqui é recomendável lembrar as palavras do apóstolo Paulo:
Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo. Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo. Considerai o Israel segundo a carne; não é certo que aqueles que se alimentam dos sacrifícios são participantes do altar? Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso, mais fortes do que ele? (1Co 10.14-22).
Um dos fatos a destacar é que, no texto em questão, Paulo trata da participação dos cristãos em refeições realizadas no contexto de rituais pagãos (Bíblia de Estudo de Genebra, 1. ed., 1999, nota 10.14, p. 1357). Sua convicção é que o cristão não deve participar de coisas ligadas à idolatria; tal ligação, em última instância, corresponde a uma “associação” com os demônios. Para o apóstolo, o problema era que os crentes, ao comer alimentos oferecidos aos ídolos, depreciavam sua comunhão com Deus na Santa Ceia, ou seja, agiam de modo inconsistente com a aliança, e, deste modo, provocavam o “zelo” do Senhor (1Co 10.18-22).
Isso pode ser transposto à questão das festas juninas por meio de um argumento de quatro pontos, qual seja:
A veneração aos santos da ICAR, por ferir não apenas a recomendação de 1Timóteo 2.5, mas também Êxodo 20.3-6, é idolatria.
As festas juninas, ligadas à veneração dos santos romanistas, são idólatras.
O cristão, de acordo com 2Coríntios 10.14, deve fugir da idolatria.
Portanto, o cristão deve fugir das festas juninas.
Anteriormente eu entendia que não havia problema em uma criança participar dos festejos juninos de sua escola. Hoje penso que o melhor é os pais explicarem a essa criança as razões pelas quais ela não participará da festa junina. É mais instrutivo, bíblico e edificante.
Mas, o que dizer da “alma caipira” que reside em nós, que nos motiva a acender fogueira, assar mandioca e batata-doce e comer bolo de fubá? Qual o problema, por exemplo, de realizar uma noite caipira ao som de modas de viola e, quem sabe, até brincar inocentemente de quadrilha evangélica? Ou criar uma “Festa dos Estados”, com barracas de comidas típicas ou algo semelhante, quem sabe até como estratégia para atrair visitantes?
Inicialmente, declaro meu respeito aos colegas pastores e irmãos em Cristo que não enxergam problemas na realização desse tipo de atividade. Eu mesmo já acreditei que isso podia ser feito sem prejuízos para o testemunho cristão e fiz isso de muito boa fé, com a alma sincera diante de Deus. No entanto, mudei de posição. Hoje, creio que a produção de versões evangélicas de festas juninas não é recomendável por algumas razões. Primeiro, porque estamos saturados de versões gospel de tudo: Temos uma quase inesgotável lista de práticas e “produtos” gospel. É preciso compreender que não fomos chamados a imitar o mundo e sim a transformá-lo (1Jo 2.15-17).
Em segundo lugar, há outro problema denominado associação. É possível que, ao participar de uma festa junina gospel, sejam feitas associações com o evento original, de origem e significado idolátricos – queiramos ou não, festas juninas estão ligadas às crenças da ICAR. Cristãos sensíveis podem sentir um desconforto inexplicável diante disso. Visitantes interessados na fé protestante exigirão explicações mais detalhadas sobre as razões da realização de tal noite caipira “calvinista”.
Sendo assim, parece-me mais adequado considerar as festas juninas evangélicas entre aquelas coisas que o apóstolo Paulo chama de lícitas, mas inconvenientes e não-edificantes (1Co 10.23). Nessas questão, pensemos primeiramente nos interesses do corpo de Cristo, e não nos nossos (1Co 10.24). Não sou contra comer bolo de milho, ou canjica, ou pé-de-moleque. Gosto de batata-doce assada na brasa e me delicio com um bom curau e uma música caipira de raiz. Desfrutemos dessas coisas, porém, na privacidade de nossos lares ou fora do contexto de festas caipiras nos meses de junho e julho. Não porque tais iguarias sejam pecaminosas em si, mas para evitar associações indesejáveis.
Somos livres para participar de festas juninas? Não. Ao participarmos de tais festas, nos ligamos em idolatria. Devemos realizar eventos caipiras gospel? Devemos participar de tais atividades? Também não. Nesse segundo caso, não porque haja idolatria envolvida, mas porque há o perigo de associações indesejáveis. O ideal é que fortaleçamos nossa identidade cristã, bíblica e protestante, desvinculando-nos de qualquer aparência do mal (1Ts 5.22).
Fonte: Misael Nascimento Via: Creio e Confesso

sexta-feira, 15 de abril de 2016

HOJE AINDA EXISTEM PROFETAS?

Norbert Lieth

Há algum tempo foi inaugurada uma Escola de Profetas em Tel Aviv, Israel. No meio cristão é recorrente a menção a “falsos profetas”. Mas será que hoje ainda existe o ministério de profeta?
No Novo Testamento, um texto-chave sobre o ministério profético é o de 1 Coríntios 13.8:“O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará”. Essa é uma declaração básica sobre o futuro, esclarecendo se haveria ou não profecias, línguas ou ciência (aumento do conhecimento bíblico).
A Bíblia explica, portanto, que essas coisas certamente cessarão. A questão é: quando elas cessarão? Chegaremos mais perto da resposta se continuarmos lendo os versículos 9-10: “porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado”. O que fora designado como passageiro, as profecias, as línguas e a ciência, cessaria com a chegada do que“é perfeito”. Poderíamos pensar que “o que é perfeito” seria a vinda de Jesus e o início do Seu reinado na terra. Mas o versículo 13 mostra que não é isso:
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três (não profecias, línguas e ciência, que claramente já deixaram de existir); porém o maior destes é o amor” (1 Co 13.13).
Se “o que é perfeito” fosse a volta de Cristo e Seu reino, isso significaria que a fé e a esperança permaneceriam, ao lado do amor. É evidente que o amor permanecerá por toda a eternidade. E como ficam a fé e a esperança? Ambas tornam-se desnecessárias quando o reino de Deus se tornar uma realidade visível. Quando estivermos vendo Aquele que fora objeto de nossa fé no passado, não precisaremos mais crer. Em outras passagens, a Bíblia nos ensina que passaremos do crer para o ver, do abstrato para o concreto:
– 2 Coríntios 5.7: hoje vivemos por fé e não pelo que vemos.
– Hebreus 11.1: a fé está relacionada com coisas que não vemos.
– Romanos 8.24: esperança que se vê não é esperança.
Portanto, um dia passaremos do crer para o ver, da fé e da esperança para ver a Cristo – quando Ele voltar. E quando estivermos vendo a Jesus e participando do Seu reino, a fé e a esperança não serão mais necessárias. Mas o amor permanecerá. Portanto, “o que é perfeito” não pode ser a volta de Cristo e Seu reino eterno. Então, o que poderia significar o versículo 13 de 1 Coríntios 13?
Na minha opinião, ele refere-se à conclusão do cânon bíblico, que se deu por volta do ano 100 d.C. com a redação do livro do Apocalipse. Quando foi escrita a carta aos Coríntios, a revelação neotestamentária ainda não estava completa; a revelação divina também não estava concluída. Por isso ainda havia profecias por meio de profetas, assim como o dom de línguas com interpretação. Em conseqüência houve um aumento no conhecimento (ciência), justamente porque nem tudo estava revelado. Com a conclusão da Bíblia, essas coisas cessaram, e se mantiveram a fé, a esperança e o amor.
Diante dessa problemática, certamente não é por acaso que a Bíblia termina com as palavras: “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro” (Ap 22.18-19).
Nada deve ser acrescido à Bíblia, nada deve ser tirado. A revelação divina está completa e acabada. Obrigatoriamente não poderá mais haver profecias, pois se esse ministério continuasse depois do registro bíblico, as profecias teriam de ser inspiradas diretamente por Deus (2 Pe 1.20-21) e acrescidas à Bíblia como revelações complementares. Da mesma forma, nada deve ser retirado da Bíblia, como costuma fazer o liberalismo teológico.
Na época da primeira geração da Igreja obviamente ainda havia profetas, entre eles Paulo, Barnabé, Judas, Silas, Ágabo e outros (At 13.1; At 15.32; At 21.10), assim como houve apóstolos até a finalização do texto bíblico (1 Co 12.28; Ef 4.11). Assim como hoje, depois de concluído o cânon do Novo Testamento, não existem mais apóstolos, também deixaram de existir os profetas. Se não fosse assim, poderíamos concluir inversamente que ainda deveria haver apóstolos, o que é impossível conforme Hebreus 2.4, que usa o verbo no tempo passado. Os apóstolos e profetas foram chamados “apenas” para lançar a base e o fundamento, para estabelecer a Igreja (Ef 2.19-22).
Mas o que continua com toda a certeza, mesmo depois da conclusão da revelação divina e até a volta de Jesus, é o ministério de evangelistas, pastores e mestres (Ef 4.11-12). Seu serviço continua edificando a Igreja de Jesus depois que o fundamento foi colocado pelos profetas e apóstolos de uma vez por todas.
Nesse aspecto é interessante observar que o apóstolo Pedro fala (em 2 Pedro 2.1) de falsos profetas no tempo passado, mas em relação ao futuro ele menciona apenas falsos mestres e não falsos profetas. Como apóstolo, ele sabia que no futuro não haveria mais profetas; portanto não haveria falsos profetas, mas haveria, sim, falsos mestres: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pe 2.1).
Depois da era da Igreja, no tempo da Tribulação, haverá novamente profetas verdadeiros: as Duas Testemunhas do Apocalipse (Ap 11.10). E então haverá mais uma vez um “falso profeta” imitando esse ministério (Ap 19.20). (Norbert Lieth — Chamada.com.br)

quinta-feira, 14 de abril de 2016

A Grandiosa Solução: A Ressurreição de Jesus Cristo

Richard D. Emmons

No Domingo de Páscoa celebramos a ressurreição de Jesus Cristo. Que dia maravilhoso é este para os cristãos se regozijarem em união. O mundo não o compreende, e isto é lamentável porque a ressurreição resolve os três maiores problemas da humanidade: a morte espiritual, a morte física e a vida sem esperança.
A VIDA EM CRISTO
Todas as pessoas têm problemas, dificuldades e sofrimentos. Mas poucas entendem a verdadeira fonte deles. O apóstolo Paulo coloca as coisas da seguinte maneira:
Ele vos deu vida, estando vós mortos em vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo (...) entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.1-3).
Todos nós nascemos com uma velha natureza, fazendo com que estivéssemos espiritualmente mortos – cortados da presença de Deus. Podemos pensar que somos livres, mas estamos presos nas armadilhas do pecado. Algumas pessoas percebem esse fato quando são confrontadas com a Palavra de Deus e ali encontram as respostas que estiveram procurando.
Quando recebemos o dom da vida espiritual, somos postos em liberdade:
Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo” (Ef 2.4-5).
A ressurreição de Jesus torna possível que você e eu recebamos o dom da vida espiritual por meio da graça de Deus, que nos alcança e restaura o nosso relacionamento com Ele, proporcionando-nos o perdão dos pecados:
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).
Todos podem receber esse dom. E estou feliz que seja um dom, porque, sem ele, a única maneira pela qual poderíamos pagar pelos nossos pecados seria morrermos nós mesmos por eles. Devemos receber a Cristo como nosso Salvador. Ele é a solução proporcionada por Deus. Nossos pecados foram colocados sobre Jesus. Ele morreu em nosso lugar para que pudéssemos receber o dom da vida eterna através da graça de Deus. O próprio Jesus disse:
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
A vida de John Newton foi transformada quando ele descobriu a graça de Deus. Capitão britânico de um navio mercante de escravos, Newton veio a entender sua pecaminosidade e necessidade de um Salvador. Depois de sua conversão, em 1748, ele escreveu o memorável hino “Amazing Grace - Sublime Graça - H&C Nº 14”, celebrando o que Deus havia feito por ele.
A VIDA DA RESSURREIÇÃO
O segundo problema que todo o mundo compartilha é a morte física. Todos nós morreremos. Nem um único indivíduo neste planeta escapará da morte a menos que Jesus volte antes.
A morte espiritual gerou a morte física: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12).
No dia em que Adão pecou no Jardim do Éden, ele morreu espiritualmente (Gn 2.17). Aquela morte prenunciou a morte física. Em Adão, todos morrem. A morte física, de fato, é a prova da morte espiritual – de que todos nós nascemos alienados de Deus.
Corrigir o problema da morte espiritual não reverte a morte física. Ainda temos funerais, necrotérios e cemitérios. Então, qual a solução do problema da morte física da humanidade?
Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” (Rm 5.17).
Por causa da ressurreição de Jesus, Deus pode agora dar-nos o dom da vida ressurreta:
Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1Co 15.22).
Esta é a promessa e a esperança que Jesus nos proporciona:
Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25).
Você vai morrer? Sim. Mas, se recebeu Jesus como seu Salvador, você viverá novamente em um lugar de bênçãos.
A ressurreição é o nosso futuro por causa dEle.
Houve pessoas que foram ressuscitadas durante o tempo em que Jesus estava na Terra. Mas todas elas morreram de novo. Jesus foi o primeiro a morrer fisicamente e a ressuscitar em um corpo glorificado. Ele é as primícias, e os cristãos seguirão em Seus passos:
Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos. Sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1Co 15.20-23).
As palavras operativas aqui são: “em Cristo”. Se recebeu o dom da vida eterna através de Jesus Cristo, você ganhou a vida espiritual para hoje e a vida da ressurreição para a eternidade. Não há necessidade de temer a morte física. Jesus veio para libertar aqueles que vivem com medo da morte durante toda a sua vida (Hb 2.9). Se aceitamos Jesus como o sacrifício perfeito e final pelos nossos pecados, nossos corpos sairão da sepultura e viveremos maravilhosamente por toda a eternidade. É a ressurreição de Jesus que nos proporciona tal vida.
VIDA ABUNDANTE E LIVRE
Muitas pessoas vivem uma vida sem realizações, sem um propósito verdadeiro. Aqueles que vivem meramente para satisfazer seus próprios desejos freqüentemente se sentem vazios. Como escreveu o rei Salomão:
Tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma (...); e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento” (Ec 2.10-11).
Paulo descreveu a situação teo­lo­gi­camente:
Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte. Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm 7.5-6).
A ressurreição de Jesus resolve o problema da desesperança. Pessoas que vivem sem nenhum propósito eterno freqüentemente se perguntam: “Qual é o sentido da vida?”.
Por outro lado, se você tem Jesus como seu Salvador, foi-lhe dada uma nova vida, a qual você pode viver para Ele.
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura...” (2Co 5.17).
Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6.4).
Se estamos “em Cristo”, temos novidade de vida porque fomos identificados com Ele em Sua morte e ressurreição. Deus quer que vivamos abundantemente e que tenhamos uma vida cheia de propósito:
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).
Um dia, todos compareceremos diante de Jesus, e Ele escrutinará nossos atos. O que fizemos por meio de nossos próprios esforços, separadamente dos direcionamentos de Deus, será destruído. Mas o que fizemos por Ele durará para sempre (1Co 3.12,14). A ressurreição de Jesus tornou possível para nós termos alegria e sentido de realização aqui e agora, e vivermos além da morte.
Amigo, se você pudesse tão somente entender que a alegria de viver está no morrer do “eu”, como Jesus fez! Quando você morre para si mesmo e se dá aos outros, Deus derrama alegria e sentimento de realização sobre você, a despeito dos sofrimentos que a vida diária pode freqüentemente trazer. Mas, primeiro, você deve reconhecer que é pecador e aceitá-lO como seu Salvador. Depois, você terá os céus e vai querer estar lá; além disso, terá um propósito enquanto viver aqui na Terra.
Não desperdice sua vida. A ressurreição de Jesus a torna preciosa. Receba-O como seu Salvador, e quem sabe quão grandes coisas Deus poderá realizar através de você!

(Richard D. Emmons —  Israel My Glory — www.chamada.com.br)