Boas Vindas

Querido (a) visitante,

Bem vindo (a) ao blog SEARA do BRASIL. Nosso desejo é que você seja, através dele, edificado (a) e desafiado (a) a se envolver cada vez mais com Missões, primeiramente através de sua igreja local e depois com outros projetos missionários fora do seu contexto domiciliar. Aqui você terá informações sobre a obra missionária Nordestina, desenvolvida pela Missão SEARA, bem como artigos para sua edificação, e ainda um devocional diário. Entre, leia, e depois deixe o seu comentário, sobre o assunto que ler. Mas ao sair, ore a Deus pelo nosso trabalho.

Se você deseja participar deste ministério, entre em contatos conosco através do endereço exposto neste blog. Que a graça do Senhor Jesus seja contigo e com sua família!

Fraternalmente em Cristo,

Missão SEARA

“Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar, para ganhar o que não pode perder.” – Jim Elliot

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O PRÍNCIPE DA PAZ

No saguão de entrada do edifício das Nações Unidas em Nova Iorque lê-se o versículo bíblico de Isaías 2.4: "...estas (nações) converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra". Esse era o anseio após a Segunda Guerra Mundial, quando foi criada a ONU.
Mas as muitas guerras que aconteceram desde então mostram claramente que o homem não tem poder para realizar esse ideal. Justamente quando se trata do povo da Bíblia, de Israel, que se encontra em meio aos esforços para alcançar a paz com os palestinos e demais vizinhos, fica dolorosamente claro que esta não será a paz a que se referiu o profeta.
Ainda que se gostaria de alcançar a maravilhosa paz de que fala a Bíblia, despreza-se o caminho para chegar a ela, de modo que Deus adverte em Isaías 30.1: "Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que executam planos que não procedem de mim e fazem aliança sem a minha aprovação, para acrescentarem pecado sobre pecado!" A tragédia dos planos dos poderosos deste mundo consiste em que eles os fazem sem Deus e sem o Seu Espírito. Pois, de qual Pacificador fala o profeta Isaías? Ele se refere a Jesus, que é anunciado em Isaías 9.5-7 com as palavras: "...porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte; Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim..."
Em última análise, a incapacidade de receber Seu Espírito (Jo 14.17) resulta na trágica frustração da busca de paz neste mundo. Por isso nós, que já encontramos a paz, temos tanto mais a incumbência de ser luz e sal neste mundo, através do Príncipe da Paz, o Senhor Jesus Cristo. Isso se dá na medida em que vivermos conforme Suas palavras, amarmos Seus mandamentos e refletirmos Sua paz. O bonito versículo bíblico de Isaías 2.4, escrito no edifício da ONU encontra-se entre versículos de repreensão a Israel, que tinha abandonado seu Deus. Também em nossos dias vemos um afastamento de Deus em todo o mundo. Apesar disso, Deus cumprirá Suas promessas e Seu reino de paz virá.

Será que pertencemos àqueles que esperam por Ele e depositam sua confiança em Deus, do mesmo modo como havia pessoas que esperavam a redenção por ocasião da Sua primeira vinda (Lc 2.25,38)? Ou somos como os eruditos em Jerusalém, que deram imediatamente uma resposta bíblica a Herodes para a pergunta dos magos do Oriente ("Onde está o recém-nascido Rei dos judeus?" [Mt 2.2]), mas não a aplicaram pessoalmente a si mesmos? Por isso: sejamos semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor (comp. Lc 12.36), unidos na espera pelo vindouro Príncipe da Paz e Seu Reino. Fredi Winkler - http://www.apaz.com.br

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

CASA DE ORAÇÃO DA CIDADE DE BARRO SUL DO CEARÁ

Estamos chegando à conclusão da construção de nosso templo, ou nossa casa de oração, na cidade de Barro, Sul do Ceará. 
Falta concluirmos os bancos e a instalação elétrica das salas de Estudo na EBD para podermos inauguá-la. Contudo, os irmãos já estão se reunindo no local, usando os recursos de que dispoem. Queremos destacar aqui o incansável zelo do irmão José Luiz, que tem trabalhado na construção, fazendo todas as coisas com muito amor e carinho, deixando um exemplo até mesmo para alguns obreiros que tratam a obra do senhor relaxadamente. 
Logo que tivermos uma posição mais definida quanto aos bancos e a instalação marcaremos a inauguração. 
Louve a Deus conosco por essa vitória ao chegarmos a esta etapa, tendo a primeira Igreja Cristã Evangélica ( Movimento dos Irmãos) em solo Cearense.
Louvamos a Deus pela família Gama que nos ajudou a construir esta casa de oração e demais irmãos que cooperaram através de ofertas preciosas na construção e aquisição do terreno. Continuamos contando com as vossas orações para que o Senhor salve muitas vidas e ali tenhamos uma igreja viva e marcante na comunidade na pregação do Evangelho. 

ACAMPAJuinior SEARA 2014

Temos o desafio e a alegria de realizar mais um acampamento para juniores de todas as congregações (Extremoz, Santa Maria, Cidade Praia, Riachuelo, Ceará Mirim e Tenente Laurentino Cruz) e da Igreja em Natal. Iremos usar as instalações do Acampamento Redenção, de propriedade da Igreja Presbiteriana do Alecrim, na Lagoa do Urubu, a 40 km de Natal. 
Varios acampantes são de lares, cujos pais não são crentes em Jesus. 
1). Contamos com as suas preciosas orações para que alcancemos o objetivo: salvação e edificação de muitos juniores - meninos e meninas!
2). Orem para que a equipe tenha saúde e sabedoria da realização do acampamento!

3) Orem pela segurança dos acampamentos e para que não haja acidentes, especialmente por estarmos em frente um a linda lagoa!

terça-feira, 29 de abril de 2014

O QUE É E O QUE NÃO É FÉ?

Guy Richard - 17 de Abril de 2014 - Teologia

“Eu creio; eu creio. É bobo, mas eu creio”. Essas são palavras bem conhecidas ditas pela jovem Susan Walker no famoso filme de natal De Ilusão Também se Vive (1947). Eles fornecem um simples exemplo de como a fé é comumente retratada em nossa cultura: um salto às cegas no escuro — crendo sem qualquer razão.

Tal visão da fé, contudo, é completamente divergente do que a Bíblia ensina. Fé, de acordo com a Bíblia, não é irracional ou “boba”. Não é um comprometimento cego ou um sentimento arbitrário de proximidade com Deus. Essas coisas não são fé, do mesmo modo que não é fé um homem escolher, de olhos vendados, uma pessoa em meio a uma multidão, e pedir a ela que lhe faça uma cirurgia cardíaca. Isso não é fé de maneira alguma; é tolice, pura e simples.

O que, então, é fé? Historicamente, o cristianismo ortodoxo respondeu essa a questão distinguindo três principais elementos que, juntos, compreendem a fé salvífica. Falando de maneira geral, três palavras latinas foram usadas para identificar esses três elementos: notitia, ou “conhecimento”; assensus, ou “assentimento”; e fiducia, ou “confiança”.
                                                                                      
NOTITIA
O primeiro elemento da fé salvífica é notitia, ou conhecimento, que aponta para o fato de que a fé genuína deve crer em alguma coisa. Em outras palavras, ela deve ter conteúdo intelectual. Ela não pode ser vazia ou cega, mas deve ser baseada no conhecimento de certas verdades fundamentais. Nós vemos isso por toda a Bíblia nas passagens que são distintas pela expressão “crer que”, seguida por uma proposição doutrinária de alguma natureza. Bons exemplos incluem Romanos 10.9, que afirma que “se... creres que Deus ressuscitou [Jesus] dentre os mortos, serás salvo”, e João 20.31 que diz: “Estes [sinais] foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”. Em cada caso, nós vemos que há um conteúdo doutrinário para a fé. Fé significa crer em certas proposições; nos exemplos citados acima, as proposições são “que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos” e “que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”.

ASSENSUS
O segundo elemento da fé salvífica é assensus, ou consentimento; parecer favorável. Isso se refere à convicção intelectual de que o conhecimento que alguém possui é factualmente verdadeiro e pessoalmente benéfico. Não é suficiente simplesmente conhecer certas coisas. Devemos também crer que tais coisas são verdadeiras e atendem às nossas necessidades. Nós vemos esse elemento de fé retratado em passagens bíblicas como João 5.46-47; 8.31-38, 45-46; 10.37-38; 14.11.

FIDUCIA
O terceiro elemento da fé salvífica é fiducia, ou confiança. É de longe o mais importante dos três elementos que mencionamos. Sem esse elemento, a fé é meramente um empreendimento intelectual — muito parecida com a “fé” dos demônios que sabem a verdade sobre Jesus, mas se recusam a confiar nele porque odeiam o que eles sabem ser verdadeiro (Tg 2.19; Mt 8.29). Esse elemento consiste em uma confiança pessoal em Cristo como ele é oferecido no evangelho, e uma completa confiança nele para a salvação. Ele é visto em passagens que falam sobre crer “em” Jesus (por exemplo, Jo 3.15-16; Rm 9.33; 10.11) e em passagens que falam de “inclinar-se” ou “repousar” sobre Jesus (Sl 71.5-6; Pv 3.5-6), “olhar” para ele (Jo 6.40; Hb 12.1-2), e “comprometer-se” com ele (2Tm 1.12; Mt 11.28; Sl 37.5).

OS TRÊS ELEMENTOS ILUSTRADOS
Considere a seguinte ilustração. Imagine que quatro pessoas são lançadas sem comida ou água no meio de um campo muito extenso cheio de minas terrestres. Suponha que um dos indivíduos cegamente escolha um caminho pelo campo e siga naquela direção sem hesitar. Esse não é um exemplo de fé, mas é mais como aquela tolice da qual falamos anteriormente. Fé genuína não é cega; é baseada em conhecimento.

Mas suponha que um helicóptero apareça sobre os três homens que restaram, e do helicóptero, uma parte interessada anuncia o caminho pelo campo minado. Um dos homens confia na palavra da parte interessada e caminha de uma vez pelo campo minado. Isso também não é um exemplo de fé. Sim, as ações do homem são baseadas em conhecimento (o testemunho da parte interessada) e consentimento (o homem considera o testemunho como verdadeiro e benéfico em atender as suas necessidades). Mas a sua ação ainda é cega, pois é baseada em conhecimento insuficiente (isto é, o testemunho incerto de um completo estranho). Ela também carece do mais importante elemento da fé: confiança pessoal naquele que fala.

Suponha, contudo, que os dois homens restantes façam certas perguntas à parte interessada para discernir como ele veio a conhecer o caminho correto do campo, por que ele quer ajudá-los e o quão certo ele está de que pode guiá-los seguramente através das minas terrestres. Suponha que eles também peçam referências da parte interessada para ver se ele conhece alguém que eles conheçam ou a quem sejam relacionados. Suponha que eles até mesmo tentem testar as suas instruções, lançando objetos na direção que ele sugere para ver se parece estar livre de minas. Ao fazer tais coisas, os dois homens restantes estão reunindo conhecimento suficiente para decidir se podem confiar no indivíduo do helicóptero. Essa confiança (fiducia), que é edificada sobre um conhecimento (notitia) e consentimento a tal conhecimento (assentus), é do que se trata a fé. Tal fé não é “boba” de maneira nenhuma, mas completamente razoável.

FÉ DEMONSTRADA EM OBRAS
Quando todos os três elementos da fé estão presentes, eles necessariamente se manifestarão em boas obras. Se considerarmos a ilustração acima, podemos ver que os dois homens restantes demonstram a genuinidade da sua fé (ou a falta dela) por aquilo que eles fazem. Se eles escolhem ficar onde estão e se recusam a seguir instruções do homem no helicóptero, ou se eles seguem em sua própria direção, eles demonstrarão que não creem de verdade. Mas se eles genuinamente confiam no homem no helicóptero, eles seguirão na direção para a qual ele aponta. Eles seguirão suas instruções (à la João 14.15). As suas ações vão demonstrar a genuinidade de sua fé.

Quando notitia, assensus e fidúcia estão presentes juntos, há verdadeira fé. E quando há verdadeira fé, boas obras necessariamente seguirão. Boas obras não são parte da fé; elas fluem da fé. É somente a fé que recebe o dom de Deus da justificação, mas fé que justifica nunca estará sozinha; ela sempre se manifestará em boas obras.
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Extraído do Informativo FIEL

sábado, 29 de março de 2014

VOCÊ QUER IR?

O ENVIO MISSIONÁRIO – PARTE 1 Introdução
Por Ronaldo Lidório

Olhemos para a igreja em Antioquia como paradigma de envio, compromisso evangelístico e força plantadora de igrejas. A proposta é fazê-lo sonhar com esse modelo bíblico. Não foram Paulo e Barnabé que iniciaram esse grande movimento de plantio de igrejas entre os gentios, mas uma igreja, sensível ao Espírito, com a visão do Reino, temor à Palavra e pronta para servir. Igrejas plantam igrejas.
Leiamos o texto de Atos 13, versos 1 a 3.
1 Ora, na igreja em Antioquia havia profetas e mestres, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.
2 E servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, depois que jejuaram, oraram e lhes impuseram as mãos, os despediram.
O versículo 1 enumera cinco líderes da igreja em Antioquia descritos sob a categoria de profetai kai didaskaloi (profetas e mestres). Profetes era aquele que falava em nome de Deus, também utilizado no grego ático tanto para pregador quanto para expositor das leis. O Didaskalos é o mestre (de didasko: ensino) aplicado para aquele que possui discípulos e, parece-me que nesse caso, esses didaskaloi estavam mais ligados à instrução dos novos convertidos em Antioquia. Nessa lista primeiramente é mencionado Barnabé, o qual era “natural de Chipre” (At. 4:36). Logo após Lucas cita Simeão, referindo-se provavelmente a um africano “Níger” (negro) e menciona Lúcio “de Cirene” provindo do norte da África. Também lista Manaém, colaço (syntrophos: irmão de leite) de Herodes e finalmente Saulo.
O versículo 2 começa com uma ação coletiva: “e servindo eles ao Senhor…”. E as duas perguntas que devem ser aqui levantadas são: quem são “eles” e como serviam ao Senhor? Há três possibilidades para entendermos “eles”, já que o texto não o define: refere-se a toda a igreja em Antioquia; ou apenas aos cinco líderes do verso anterior; ou ainda especificamente a Paulo e Barnabé mencionados separadamente logo após.
Por ausência de ligação textual creio que podemos excluir a “igreja em Antioquia”, restando-nos assim os cinco líderes do versículo 1 e Paulo e Barnabé do versículo 2. De qualquer forma, esses últimos são também mencionados na lista de líderes, portanto os utilizaremos como pressuposto para “eles”. Sigamos, portanto, para a pergunta principal: como serviam ao Senhor?

LEITOURGOI – EDIFICADORES DO CORPO DE CRISTO

O verbo “servindo” (leitourgounton) utilizado aqui, aponta para aqueles que serviam ao Senhor como leitourgoi, servos. Lembremo-nos que havia três formas de alguém se apresentar como “servo” no contexto neotestamentário:
Como doulos – o escravo. Nas palavras de Candus “Aquele que pessoalmente acompanha o seu Senhor para realizar os desejos do seu coração”. Portanto, doulos no contexto do Novo Testamento é aquele que tem um compromisso direto com Deus; que serve pessoalmente ao seu Senhor.
Como diakonos – o mordomo. Aquele que serve ao seu Senhor através do serviço à comunidade. Na palavra o termo é usado para aqueles que, sensíveis à necessidade do Corpo de Cristo – física e espiritual – servem a Deus.
Ou como leitourgos – o edificador. O termo, ligado à leitourgia (liturgia) não é restrito como o usamos hoje. Refere-se àquele que serve ao Senhor sendo usado por Ele para abençoar, edificar, o seu irmão. E essa é justamente a raiz do verbo que expressa que Paulo e Barnabé serviam ao Senhor, afirmando assim que eles eram, antes de tudo, abençoadores, ou edificadores do Corpo de Cristo em Antioquia. Eram uma bênção, como se pode falar hoje.
Portanto, a primeira característica apontada pelo texto a respeito desses dois homens que iniciaram a obra missionária como a conhecemos hoje não foi a competência intelectual, o título ministerial ou a profundidade teológica, mas a fidelidade, e fidelidade de vida em relação aos de perto que os rodeavam em Antioquia.
Uma aplicação objetiva do texto seria esta: não envie para longe aqueles que não são uma bênção perto. Aquele rapaz que diz possuir um claro chamado ministerial, se não tiver primeiramente um desejo ardente pelo ministério comprovado pelo serviço em sua igreja local, certamente não o terá em lugares distantes; ele não está pronto a ser enviado ao seminário ou ao campo. Aquela jovem que insistentemente afirma ter um claro chamado ministerial para a obra missionária em algum lugar distante, se não o demonstrar onde está com os ministérios e oportunidades locais, não o fará também do outro lado do mundo; ela não está pronta a ser enviada ao preparo ou ao campo.

APLICAÇÕES DO TEXTO PARA A VIDA DIÁRIA

Já vimos que não devemos enviar para longe aqueles que não são uma bênção perto com base no verso 2.
Spurgeon já falava, em 1885, que “nada é mais difícil do que se mostrar fiel aos de perto que bem lhe conhecem” e aqui três rápidas aplicações poderiam ser feitas.
Pessoal. Não há nada mais perto de nós do que a nossa família. Aquele que não pode ser apontado pela esposa, esposo ou filhos como leitourgos no dia a dia de sua casa, dificilmente será uma bênção fora dela.
Ministerial. Líderes e pregadores que se destacam nos púlpitos e salas de aula de igrejas e seminários, mas fracassam com a família, amigos e pessoas chegadas, não estão prontos para o ministério. Plantadores de igrejas que são exímios no que fazem, nas ruas, praças e templos, porém não têm testemunho de Cristo entre os seus, não estão qualificados ao envio. O ministério não define o próprio ministério. O caráter de Cristo em nós o faz.
Eclesiástica. Não há nada mais perto da igreja do que a própria igreja, os irmãos com os quais nos encontramos a cada semana. Se uma comunidade cristã não demonstra ser leitourgos, abençoadora, para aqueles com a qual convive dia a dia, culto a culto, dificilmente conseguirá fazer diferença em outros lugares, seja perto, seja longe.

CONCLUSÃO

A Palavra de Deus segue uma lógica quase sempre crescente. O que for fiel no pouco será também no muito. Quem for uma bênção perto será também longe. É necessário entendermos que “no pouco” e “perto” encontramos oportunidades de aprendizado e crescimento. São ambientes onde podemos observar nossos próprios corações, vermos as áreas de limitação da vida e buscarmos quebrantamento, perdão e edificação para nossa caminhada.Vivemos um desafio constante de sermos fieis no pouco e abençoadores aos de perto. Usemos desta oportunidade para buscar verdadeiro quebrantamento de coração, pedir que o Espírito Santo nos molde à imagem de Cristo, e nos preparar para continuarmos a caminhada ao ponto de também sermos fieis no muito e abençoadores aos de longe.

O ENVIO MISSIONÁRIO – PARTE 2 Introdução

Veremos neste artigo sobre a posição da igreja no processo de envio missionário. O envio missionário está atrelado diretamente ao envio por parte de igrejas locais. Há um número expressivo de vocacionados ao ministério que não chegam aos seminários e campos por falta de orientação, acolhida e envio por parte de igrejas locais. Um segmento precioso na igreja local são os seus vocacionados. São eles que o Senhor usará para que outras igrejas sejam pastoreadas, a Palavra seja traduzida para outros idiomas, igrejas sejam plantadas em cidades e tribos, e ministérios de compaixão sejam desenvolvidos entre os carentes. Devemos orar, acolher, encorajar, preparar e investir naqueles a quem Deus chama e vocaciona.

E disse o Espírito Santo

No texto de Atos 13.1-3 lemos que, servindo eles ao Senhor, “disse o Espírito Santo: separai-me…”. O texto não esclarece como o Espírito se manifestou e falou à igreja, mas toda a ação deixa bem claro que a igreja prontamente ouviu. “Disse” (eipen) vem de lego que significa “falar”, “se comunicar”. Pode ser usado tanto para a comunicação direta ou via um mensageiro. Alguns exegetas afirmam que o fato do Espírito ter falado à igreja se relaciona com o destaque de Lucas no verso primeiro, ou seja, a existência de “profetas e mestres”. Outros defendem que, por deixar indefinida a forma pela qual o Espírito falou à igreja Lucas estaria sugerindo a presença de uma convicção subjetiva unânime no meio do povo quanto ao chamado de Paulo e Barnabé. O certo, porém, é que o texto declara como a igreja estava quando ouviu a voz do Espírito: jejuando e orando.
O conteúdo do que Ele falara foi “separai-me” (aphorisate), do verbo aphorizo, o qual é um verbo exclusivista também usado em Mt 25.32 quando o pastor “separa” as ovelhas dos carneiros. Aphorizo se diferencia de ekklio, pois não se trata de uma separação de relacionamento (foram excluídos da igreja de Antioquia), mas uma separação para uma função (permanecendo ligados à igreja são agora designados para uma função além da igreja local). É o mesmo termo usado nos Documentos de Cartago, quando cidadãos comuns eram chamados para engrossar as fileiras do exército romano. Portanto, Paulo e Barnabé seriam separados porque primeiramente haviam sido chamados e não o contrário.
É bom também entendermos que ergon (a obra) para a qual foram chamados é um termo genérico que tanto pode significar um ato quanto uma função e poderia ser usado, nesse caso, por ser essa obra já bem conhecida por todos na igreja – a evangelização dos gentios – ou também para chamar a atenção para o ponto principal deste comando: não a obra, mas quem os chamou para essa obra. Demonstra também flexibilidade ministerial indicando que a obra pode mudar, mas o chamado permanece, pois se baseia naquele que nos chamou.
A expressão “jejuando e orando” vem como um conjunto que se completa já que, segundo Stott, “o jejum é uma ação negativa (abstenção de comida e outras distrações) em função de uma ação positiva (culto e oração)”, e em subsequência “impondo sobre eles as mãos…” traz a expressão epithentes tas cheiras que possui vasto significado para o conceito de envio missionário.

IMPONDO SOBRE ELES AS MÃOS

A imposição de mãos tem um significado específico entre romanos e gregos no primeiro século. Compreendê-lo também nos levará a perceber a nossa responsabilidade em impor as mãos e enviar aqueles que devem pregar o Evangelho de Cristo.
Sinal de autoridade. Esse “impor de mãos” remonta ao grego clássico quando um pai impunha suas mãos sobre o filho que lhe sucederia na chefia da família, ou seja, uma transferência de autoridade. Para Paulo e Barnabé isso significava que eles possuíam a autoridade eclesiástica para fazer tudo o que a igreja faria, mesmo onde ela não estivesse presente como comunidade. É, portanto, ao mesmo tempo uma carga de autoridade e responsabilidade. Como igreja em Antioquia, eles poderiam pregar a Palavra, orar pelos enfermos e desafiar os incrédulos, mas ao mesmo tempo precisariam também compartilhar da mesma fidelidade e dedicação que existia naquela comunidade dos santos.
Sinal de reconhecimento. Também era usado em momentos oficiais como na cidade de Alexandria, quando vinte oficiais foram escolhidos especialmente para guardar a entrada da cidade que sofria com frequentes ataques de nômades, e sobre eles “foram impostas as mãos” em sinal de reconhecimento de que eram dotados das qualidades para aquela função. Para Paulo e Barnabé consistia no fato de que a liderança da igreja reconhecia não apenas o chamado (que era claro), mas também a capacidade e dons para cumprirem a missão.
Sinal de Cumplicidade. Encontramos também no grego clássico o “impor de mãos” no sentido de cumplicidade, quando generais eram enviados a terras distantes para coordenar uma província e as autoridades enviadoras impunham as mãos demonstrando ao povo que eles não seriam esquecidos. Ou seja, permaneciam como parte do corpo mesmo não estando entre eles. Para Paulo e Barnabé significaria dizer que, por mais distantes que fossem, permaneceriam ligados à igreja de Antioquia. Que essa igreja continuaria responsável por eles, amando-os, desejando o melhor e com certeza os sustentando. A meu ver, impor as mãos como sinal de autoridade e reconhecimento não é tão difícil como as impor em sinal de cumplicidade, pois esse último é um ato contínuo que demanda dedicação e profundo amor. Kent Norgan afirmou que “é mais fácil amar aquele que se vê e ter compaixão ao que está sempre ao seu lado”.
Por fim, a igreja “… os despediu” (apelusan), do grego apoluo que significa “fazer as honras do envio”. “Apoluo” também pode ser usado no sentido de “liberar, soltar, deixar que se vá”. Creio que havia aqui um aspecto prático no qual líderes e irmãos pensaram também nas necessidades imediatas de Paulo e Barnabé para a viagem e ministério. Apoluo é uma expressão formal, portanto nos leva a crer que não foram despedidos de forma simples, mas antes houve um culto em que a igreja oficialmente se reunira para os enviar: um abençoado culto de envio.

ALGUNS PRINCÍPIOS NO ENVIO

Temos aqui alguns princípios que podem ser observados no envio missionário.
No processo do chamado não há apoio bíblico ao ostracismo. Ou seja, é inválida a posição de irmãos que alegam ter ouvido a direção do Espírito Santo quanto à vocação missionária, mas que desejam levar adiante essa missão sem a participação da igreja local. Mesmo em um contexto onde agências missionárias são usadas para facilitar os ministérios daqueles que vão, a igreja local precisa permanecer na linha de frente no processo de seleção e confirmação do chamado. Precisamos crer que o Espírito fala à igreja e devemos esperar submissão daqueles que foram chamados à sua liderança local.
No desafio ao envio missionário devemos evitar o institucionalismo. É o outro lado da mesma moeda. A igreja, sozinha e desconhecendo o contexto, tomando decisões e definindo metas, estratégias e prioridades a despeito da visão daqueles que foram chamados. Precisamos crer que Deus colocará de maneira clara nesses corações os desejos certos e a motivação que vem do alto. É preciso ouvir, e com atenção, o que Deus fala aos chamados em sua igreja local.
No momento do envio passamos para os enviados autoridade eclesiástica, reconhecimento de que são qualificados e especialmente cumplicidade com a obra para a qual foram separados. Ou seja, no processo do envio missionário o cordão umbilical não pode ser cortado. A igreja, enviadora, é a responsável pela obra que se inicia perante o Senhor. Igrejas plantam igrejas.

CONCLUSÃO

Oremos e olhemos para os vocacionados em nossa igreja. Aqueles que sentiram e estão convictos da vocação do Senhor. Talvez não saibam para onde, como ou quando irão, ou se permanecerão, mas estão certos que o Senhor os chamou.
Oremos por eles, sobretudo, por dois elementos importantes. O primeiro é o discernimento. Eles precisam de Deus para saber qual é o próximo passo. Talvez seja se envolverem com os ministérios da igreja local, se prepararem em um seminário ou concluírem a universidade. Talvez seja buscarem a Deus para uma área de suas vidas seja trabalhada. O próximo passo, porém, é sempre uma grande necessidade para aqueles que foram chamados e ainda não partiram. O segundo elemento importante é a perseverança. Oremos para que eles não parem ao longo do caminho. Para que não se encantem com as luzes deste mundo e outros chamados que não venham do Pai. Perseverar é uma das maiores necessidades na vida daqueles que entendem a vocação ministerial e a igreja pode ajuda-los, como Antioquia fez com Paulo e Barnabé.
Ninguém sabe ao certo quando Deus falará à igreja de forma especial, mas o jejum e a oração – sinais de uma comunidade piedosa e crente – são a postura daqueles que ouvirão a Sua voz. Deus fala a muitos, contudo aqueles que se humilham ouvem mais a Sua voz.
Envie suas perguntas para contato@povoselinguas.com.br, para que possamos acompanhar e orienta-lo quanto ao envolvimento de sua igreja no campo missionário.
Conheça o Instituo Antropos
Postado por Celso Luiz Castro
Missão SEARA

sábado, 18 de janeiro de 2014

BASE MISSIONÁRIA DA SEARA EM CONSTRUÇÃO



Desde que chegamos para o Nordeste e mui especialmente para o Rio Grande do Norte, onde estamos estabelecidos e a partir do qual temos avançado pelo sertão nordestino, temos estabelecido como alvo construir a nossa base Missionária.

Esta base consiste de um prédio com área de 731 m2, que consiste da primeira fase de um projeto de duas fases, porque a segunda fase é a construção de um ginásio, em cujo espaço, a igreja se reunirá para adorar a Deus e pregar o Evangelho.

O referido prédio, está em construção desde 1998, pois está sendo construído pela fé e é composto de: sete (7) salas no tamanho seis metros por seis metros (6x6), como também banheiros coletivos, e dos obreiros, sala para secretaria, contabilidade, consultório medido/odontológico, informática, apoio pedagógico, professores, cantina, cozinha, despensa, depósito, além de área de ventilação.

Pela descrição já deve imaginar que estamos construindo um prédio para funcionar uma Escola! Isso mesmo! Uma escola de educação infantil e ensino fundamental. Ali também, dentro de nossa visão e planos, funcionará uma a Escola Comunitária de Música, Escola Bíblica McNair (Cursos por correspondência), e à noite, o Instituto Bíblico McNair para prepararmos obreiros para os sertão dentro de nosso contexto sócio-econômico, cultural e doutrinário.

As imagens postadas dão uma ideia de como será após a conclusão. Nossa oração e empenho é que não demoremos mais outros 15 anos para concluí-lo, mas sim, de imediato, pois ele é de grande utilidade para o crescimento da igreja e do evangelho na capital e do sertão do RN e CE.

Para tanto o (a) desafiamos a se associar conosco primeiramente em oração e depois em contribuição e divulgação para que o Senhor, através do Seu povo, nos supra do que necessitamos para a conclusão desta primeira etapa.

Por isso conclamamos: “Passa no Nordeste e ajuda-nos!”